Menopausa e Carreira

já reparou que a menopausa pode estar influenciando negativamente sua vida profissional?

O mercado de trabalho é um ambiente com constantes transformações. Entre elas, há o constante crescimento de mulheres na faixa etária da menopausa, que atualmente já somam 11% da força de trabalho em países desenvolvidos ou em desenvolvimento.

Contudo, pouco se fala sobre as especificidades deste público. Você sabe como a menopausa pode estar impactando sua carreira profissional?

Com o crescimento no número de mulheres desta faixa etária, é preciso considerar como a menopausa atinge o mercado de trabalho. Afinal, o organismo passa por diversas transformações neste período, que atingem tanto a saúde física, como a saúde emocional da mulher.

Explorar esse assunto é uma maneira de desmistificá-lo, combatendo a falta de informação e o tabu que ainda o envolve.

menopausa e trabalho
54% das mulheres na menopausa se sentem menos produtivas no trabalho

Como a menopausa pode impactar a carreira profissional?

Há muitos mitos e verdades sobre a menopausa. Entre eles, ainda há o estigma de que a mulher não está mais apta para assumir suas funções dentro da empresa, quando, na verdade, boa parte das mulheres nessa faixa etária possuem qualificações para altos cargos de gerência e outros cargos de liderança.

Contudo, por ser um tema pouco discutido, a menopausa pode sim impactar a carreira profissional, como veremos a seguir. A educação sobre o assunto é a melhor forma de preparar mulheres para enfrentarem a chegada do climatério e também preparar as empresas para receberem este público em seu quadro de funcionários. Veja a seguir os principais sintomas e como podem impactar.

Oscilações de humor

A menopausa acontece entre 45 e 55 anos, sendo que antes deste período a mulher já pode observar os primeiros sinais. O período conhecido como climatério, que pode ocorrer a partir dos 40 anos, é o momento em que os primeiros sinais da menopausa começam a se mostrar presentes. Caso os sintomas aconteçam ainda antes, é o que conhecemos como menopausa precoce.

A queda hormonal causada por este momento é responsável por uma série de mudanças, incluindo as oscilações de humor. Neste momento é importante que a mulher tenha atendimento não só ginecológico, como também psicológico e, em alguns casos, psiquiátrico.

É importante avaliar se os sintomas relacionados ao humor já estavam presentes antes e foram agravados pela menopausa ou se surgiram devido à carência hormonal. As oscilações de humor podem comprometer o desempenho da mulher em sua carreira, especialmente se ela atua com o atendimento ao público ou em cargos que demandam mais relacionamento interpessoal.

Distúrbios de memória, foco e concentração

Outros sintomas presentes durante a menopausa estão relacionados à memória. Essa é uma das principais queixas das mulheres que passam por esse momento. Especialmente a memória recente é afetada e é comum notar esquecimentos, falta de foco no trabalho e uma grande dificuldade de concentração.

Todas as funções ligadas à cognição podem ser afetadas neste momento, pois estão ligadas à queda de estrogênio. O maior risco destes episódios, contudo, é que são aceleradores em potencial para o desenvolvimento de outras condições cerebrais, como a demência. Portanto, é de grande importância que a mulher, ao apresentar estes sintomas, procure ajuda médica.

Falta de Energia

Cansaço, falta de energia e falta de vontade de realizar as atividades diárias também são extremamente comuns nessa fase. Eles vêm não apenas de desequilíbrios hormonais, mas também da baixa qualidade do sono.

Muitas vezes não aproveitando as oportunidades que surgem, não assumindo um novo projeto, um novo desafio ou posição.

Problemas nos ossos, articulações e musculatura

A menopausa causa um enfraquecimento ósseo, clinicamente chamado de osteopenia. Este primeiro momento pode levar à osteoporose, um problema sério e que em diversos casos se inicia na menopausa. Neste momento, o tratamento médico é feito pela suplementação de cálcio, vitamina D, além da reposição hormonal, de acordo com cada paciente.

A carência estrogênica também é responsável por enfraquecer articulações e musculatura. Na menopausa são comuns relatos de dores nas articulações e pioras nos quadros de artrite, artrose e outras condições, caso a paciente já tenha doenças nas articulações. Além do acompanhamento médico, é recomendável que a paciente inclua atividades de fortalecimento e musculação em sua rotina.

Esses problemas podem comprometer o desempenho no trabalho, especialmente para as mulheres que trabalham em funções de repetição, como por exemplo, o trabalho no computador. Portanto, é preciso consultar ajuda médica assim que notar os primeiros sintomas, para prevenir que avancem para situações incapacitantes.

Nervos e fibromialgia

Nevralgias, as dores que acometem os nervos, tornam-se mais comuns durante a menopausa. A queda dos hormônios está relacionada às dores, pois o estrogênio atua como protetor dos nervos. Com a queda estrogênica, a mulher passa a relatar fisgadas, pinçamentos e dores especialmente na lombar e no nervo ciático.

Normalmente, as dores passam após o chamado climatério, que é o período de adaptação do organismo. Durante esse período, as dores podem ser frequentes e caso a mulher já seja predisposta à fibromialgia, este quadro pode se acentuar..

A acupuntura e outras terapias podem ajudar nos sintomas durante esse período de adaptação, que pode trazer impactos tanto na vida profissional como no bem-estar da mulher.

carreira e menopausa
a menopausa pode fazer com que muitos talentos não sejam mais redescobertos

Menopausa e carreira profissional

A menopausa, assim como outros assuntos relacionados à saúde da mulher ainda são um grande tabu na sociedade. Poucas empresas falam sobre o assunto, o que traz ainda mais desigualdade entre os homens e mulheres no mercado de trabalho. Se informar é a melhor solução para diminuir os problemas causados neste período e garantir que as mulheres dessa faixa etária sejam incluídas no mercado.

Por isso, é importante que as empresas atuem com a conscientização e tracem estratégias tanto para considerar a inclusão dessas mulheres com experiência no mercado, como para garantir o seu bem-estar. O fato é que a menopausa não pode mais ser ignorada, afinal, a expectativa de vida aumentou, bem como a quantidade de pessoas com mais de 50 anos ativas no mercado de trabalho.

Ao lidar com a menopausa de forma a esclarecer informações e incentivar o tratamento, estamos também garantindo que mais mulheres ocupem posições de destaque no mercado de trabalho. Afinal, as mulheres desta faixa etária possuem experiência e, em muitos casos, qualificação superior para ocupar posições de destaque e liderança.

Quais os tratamentos durante a menopausa?

Reposição hormonal feminina pode ser grande aliada na menopausa

A menopausa se manifesta de maneira diferente em cada mulher. Isso significa que o tratamento será diferenciado em cada caso, havendo, por exemplo, algumas mulheres para as quais a reposição hormonal feminina é indicada e outras não.

É importante que a mulher consulte ajuda médica de confiança e que esse tratamento seja específico para o seu caso.

Opções para aquelas que não podem (ou não querem) fazer a reposição hormonal.

Dependendo do caso são indicadas pela nutricionista especialista em menopausa a suplementações e dietas direcionadas, atividade física para o fortalecimento muscular, terapias complementares, como a acupuntura para as dores, assim como estética íntima que pode influenciar positivamente na autoestima e mesmo parte sexual, entre outras.

Assim, as mulheres desta faixa etária podem ter o mínimo de impactos possível na sua carreira profissional (e pessoal).

O que é Etarismo?

Também conhecido como ageismo ou idadismo, o etarismo é a forma de discriminação que se baseia em estereótipos relacionados à idade, dirigida a indivíduos ou grupos etários. Em outras palavras, trata-se do preconceito voltado especialmente para pessoas mais velhas.

Existem razões significativas para que você compartilhe o mesmo espaço com outras gerações, obtendo vantagens mútuas:

  • Mais Diversidade: A convivência intergeracional enriquece as perspectivas, ampliando a compreensão e a capacidade de colaboração.
  • Experiência Profissional: A acumulação de anos de experiência traz sabedoria e conhecimento valioso, contribuindo para soluções mais sólidas.
  • Redes de Contato (Networking): As conexões formadas ao longo dos anos se traduzem em uma rede de contatos diversificada, que pode ser benéfica tanto pessoal quanto profissionalmente.
  • Maturidade Aprimorada: A passagem do tempo proporciona uma maior maturidade emocional, resultando em tomadas de decisão mais ponderadas.
  • Habilidade Interpessoal Aprimorada: A vivência prolongada amplia a compreensão das dinâmicas humanas, favorecendo relações mais harmoniosas.
  • Liderança: A trajetória de vida e carreira permite o desenvolvimento de habilidades de liderança sólidas, fruto de desafios superados.
  • Responsabilidade e Comprometimento: A dedicação e o compromisso demonstrados ao longo dos anos são qualidades valiosas para qualquer contexto.
  • Competência e Ética: A vasta experiência contribui para o desenvolvimento de competências técnicas e éticas de alto nível.
  • Mentoria e Colaboração: Indivíduos mais experientes podem atuar como mentores, compartilhando conhecimento e orientação com as gerações mais jovens.
  • Atendimento e Inteligência Emocional: A capacidade de lidar com as emoções e compreender as dos outros é aprimorada ao longo dos anos, resultando em interações mais empáticas.

O etarismo é uma barreira a ser superada, pois todas as idades possuem contribuições valiosas a oferecer. Reconhecer e valorizar a diversidade etária enriquece não apenas indivíduos, mas também a sociedade como um todo.

Obrigada!

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