Incontinência Urinária Feminina

A incontinência urinária feminina tem tratamento!

A perda de urina, muitas vezes, é encarada como algo “comum” da idade, por diversas vezes não mencionada em consultas médicas, mas, na realidade, a incontinência urinária tem um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres.

  • Você perde urina ao tossir, espirrar, pegar peso ou praticar esportes?
  • Você sente necessidade de ir ao banheiro constantemente?
  • Você evita vida social e íntima por medo do constrangimento de perder xixi?

Caso sua resposta foi “sim”, provavelmente sofre de incontinência urinária.

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Incontinência nas mulheres

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 5% da população brasileira sofre de incontinência urinária. A incontinência atinge 35% das mulheres acima de 40 anos e na pós-menopausa.

O QUE É INCONTINÊNCIA URINÁRIA?

Incontinência urinária consiste em qualquer perda involuntária de urina. É uma doença muito comum e pode atingir homens e mulheres.

Prejudica relacionamentos pessoais, profissionais, provoca reclusão e isolamento social.

TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS.ORG) podemos classificar essa doença em três tipos:

  • incontinência urinária de esforço
  • incontinência urinária de urgência
  • incontinência urinária mista

A prevalência de incontinência urinária pode variar de 10-40%, podendo ser maior dependendo da idade da paciente.

Incontinência urinária de esforço

A incontinência urinária de esforço é a perda de urina mediante a algum tipo de esforço, como por exemplo: tossir, espirrar, carregar peso, pular até correr ou andar rápido e durante a relação sexual, dependendo da gravidade do caso.

Esse tipo de incontinência urinária está relacionado a alguns fatores de risco:

  • número de partos,
  • se  a mulher teve  parto fórceps,
  • secura  da mucosa vaginal ( muito comum na pós-menopausa)
  • obesidade
  • tabagismo

Incontinência urinária de urgência

Consiste na perda de urinária precedida de urgência (vontade intensa e iminente de urinar).

BEXIGA HIPERATIVA

Bexiga hiperativa é uma doença cujo sintoma predominante é a urgência miccional.

A urgência pode estar relacionada ou não com perda de urina (escapa a urina antes de chegar ao banheiro) e daí chamamos de urge – incontinência.  Além disso, a paciente pode notar um aumento das idas ao banheiro tanto durante o dia (polaciúria) quanto à noite (noctúria), prejudicando o sono. Menos frequentemente, pode apresentar perda de urina durante o sono (enurese noturna).

A bexiga hiperativa pode acometer mulheres de todas as idades, mas costuma ser mais prevalente na pós menopausa, devido a atrofia das mucosas genitais. Outros fatores de risco são: prolapso genital e bexiga neurogênica devido a doenças neurológicas (Doença de Parkinson, Alzheimer, tumores, AVC’s) e lesões na medula.

Incontinência Urinária Mista

Na incontinência urinária mista a paciente apresenta queixas de perda de urina ao esforço e de urge – incontinência. O tratamento será baseado no principal sintoma que incomoda a paciente.

Tratamentos Incontinência Urinária

O tratamento da incontinência urinária envolve vários aspectos e algumas diferenças a depender do tipo de incontinência. Os tratamentos visam a, primordialmente, melhorar a qualidade de vida da paciente:

Laser Íntimo

Melhora da secura das mucosas vaginais

A síndrome urogenital ocorre devido à diminuição dos níveis de estradiol (hormônio produzido principalmente por células dos ovários) circulante, trazendo diminuição da produção de glicogênio nas camadas celulares dos tecidos da região genital (vulva, vagina, região periuretral), tornando-as mais finas e enfraquecidas. Isso pode ocorrer em diversas circunstâncias, como durante o período de amamentação, em doenças como hiperprolactinemia, no uso de algumas medicações, radioterapia nessa região para o tratamento de algumas doenças, mas é mais comum acontecer no climatério e na transição para menopausa.

Os sintomas de atrofia genital são sensação de secura na região vaginal e vulvar, com ardor, prurido e dor, dor à penetração vaginal na relação sexual e pode apresentar sintomas urinários como dor ao urinar, urgência miccional (vontade muito intensa de urinar) e piora dos sintomas de incontinência urinária. Além disso, a atrofia desses tecidos torna a pessoa mais suscetível ao aparecimento de vulvovaginites e infecção urinária.

Entre as possibilidades, o tratamento regenerativo do LASER ÍNTIMO é um dos com melhor resultado e moderno para auxiliar na manutenção da saúde e da qualidade de vida das mulheres que sofrem com a incontinência.

Fisioterapia pélvica e perineal

A fisioterapia é fundamental para o tratamento adequado da incontinência urinária. A paciente deve ser avaliada pela especialista para traçar a melhor forma de abordagem.

EmSella

  • A cadeira EmSella está entre os tratamentos mais modernos da atualidade e com excelente resultado;
  • É um tratamento não cirúrgico e não invasivo para a incontinência causada por um assoalho pélvico fraco;
  • A cadeira emite ondas eletromagnéticas focadas de alta intensidade (HIFEM) para criar contrações supramáximas nos músculos do assoalho pélvico. Equivale a 11.000 exercícios de kegel e
  • As sessões duram 28 minutos, duas vezes por semana por 3 semanas, ou seja, em menos de 1 mês o tratamento está completo.

Medidas comportamentais

As medidas comportamentais são parte fundamental no tratamento da incontinência urinária, principalmente para aquelas com bexiga hiperativa. Cessar tabagismo e controle de peso tem um impacto positivo na melhora da perda urinária. Orientamos também algumas atitudes relacionadas à ingestão de líquidos:

  • não beber grande quantidade de líquidos se vai sair de casa e/ou fazer viagens;
  • em viagens longas, aproveitar as paradas para usar o banheiro, se possível;
  • quando chegar a um lugar desconhecido, procurar saber onde é o banheiro mais próximo;
  • cessar a ingestão de líquido por volta de 3 horas antes de dormir para aquelas que apresentam noctúria e
  • quanto à ingestão de alimentos: algumas comidas e bebidas podem ser irritativas para a bexiga aumentando a urgência miccional, idas ao banheiro e perdas. São eles: alimentos cítricos, bebidas à base de cola, cafeína. O álcool também pode piorar os sintomas de incontinência urinária. Ingerir com moderação esses itens é recomendado.

Fios de PDO íntimo

Os Fios de PDO Íntimos (Polidioxanona) são uma solução inovadora e minimamente invasiva para tratar a incontinência urinária. Eles ajudam a fortalecer e sustentar a musculatura do assoalho pélvico, proporcionando melhora significativa nos sintomas. O procedimento uretral é rápido, seguro e oferece uma recuperação rápida, devolvendo qualidade de vida e confiança às pacientes.

Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso é utilizado na bexiga hiperativa. É um tratamento de longo prazo e a paciente deve estar ciente disso. O tratamento deve ser sempre prescrito por profissional da saúde capacitada e, se possível, sempre acompanhado das medidas comportamentais e fisioterapia.

Na falha do tratamento medicamentoso, nos casos de bexiga hiperativa, existe a opção da realização de toxina botulínica intravesical, procedimento na qual a paciente passa por uma cistoscopia (uma pequena câmera é colocada na bexiga pela uretra) e a toxina é aplicada nas paredes vesical sob técnica adequada. O procedimento deve ser repetido a cada 7-9 meses.

Outra modalidade de tratamento, usado após falha dos demais tratamentos descritos acima é a neuromodulação sacral. Nesse caso são inseridos eletrodos que ficam em contatos com o nervos que controlam o funcionamento da bexiga , esses eletrodos ficam ligados a um gerador.

Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado para os casos de incontinência urinária de esforço. Atualmente utiliza-se faixas de polipropileno, um material sintético, que são colocadas na uretra média sem tensão, são os slings. A via cirúrgica será escolhida dependendo do caso de cada paciente.

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Incontinência urinária em atletas

O exercício de alta intensidade, alto impacto e prolongado pode causar incontinência urinária.

Durante atividades como musculação, crossfit e até corrida, que envolvem pulos frequentes e contrações musculares, os órgãos internos exercem pressão intensa e repetitiva na bexiga. A pressão intra-abnominal pode alterar os mecanismos da continência devido às grandes forças trazidas ao esfíncter uretral e aos músculos pélvicos. Os músculos do assoalho pélvico ajudam a controlar a função da bexiga e do intestino e, como outros músculos do corpo tornam-se incapazes de realizar seu trabalho de forma eficaz quando ficam fracos.

A boa notícia é que tem tratamento! É indicado buscar ajuda e avaliação profissional, se submeter a fisioterapia (kegel) ou um tratamento mais intensivo como a EmSella, Laser íntimo ou Fios de PDO íntimo.

Incontinência urinária na gestação

É muito frequente gestantes se queixarem de perda de urina e aumento da frequência urinária de dia ou durante a noite na consulta de pré-natal.

As causas de incontinência urinária na gestação não são totalmente esclarecidas. Mas sabe-se que mudanças anatômicas e hormonais levam a maior mobilidade do colo vesical, maior produção de urina, aumento do resíduo urinário dentro da bexiga, menor capacidade de vesical contribuindo para o aumento da frequência urinária, urgência miccional (vontade muito forte e repentina de urinar) e perda de urina ao esforço.

Algumas puérperas podem apresentar incontinência urinária de esforço após o parto. Geralmente este sintoma está mais relacionado às pacientes que apresentaram  parto normal ou àquelas que passaram pelo trabalho de parto e foi realizada cesárea.

Bons hábitos urinários, ganho de peso adequado ao longo a gestação contribuem para prevenir sintomas. Além disso, e muito importante, são os exercícios para o assoalho pélvico com orientação da fisioterapeuta que previnem sintomas de incontinência no pós parto. Os exercícios também podem ser realizados após parto.

Gestantes que apresentam sintomas de incontinência urinária na gestação tem uma chance maior de apresentar no pós parto. Os sintomas de incontinência urinária após o parto costumam ser transitórios e durar por volta de 3 meses.  Casos os sintomas persistam por mais tempo, pode ser necessário lançar mão dos tratamentos descritos acima.

Conclusão

Perder urina não é normal e tem um impacto muito negativo na qualidade de vida. Por isso, atentar-se aos sintomas e buscar tratamento já nos primeiros sinais é fundamental!

Obrigada!

Ginecologista especialista em Saúde da Mulher 40+

A médica Fernanda Torras é referência em ginecologia regenerativa funcional e estética em São Paulo. Atendimento com procedimentos e tratamentos modernos e atualizados: Reposição Hormonal Feminina, EmSella, Preenchedores íntimos, Bioestimuladores vaginais, Ninfoplastia DIU, Laser Íntimo e mais no bairro Campo Belo – SP.